Pesquisadores encontram prova de que a história era real: moedas feitas em homenagem à papisa.
Pesquisadores da Universidade Flinders, na Austrália, acreditam ter encontrado a primeira prova de que a história era real: moedas feitas em homenagem à papisa. Segundo Michael E. Habicht, autor de Päpstin Johanna Ein vertuschtes Pontifikat einer Frau oder eine fiktive Legende? (“Papisa Joana: O Pontificado Encoberto de uma Mulher ou uma Lenda ?”), onde revela o resultado de sua pesquisa, as peças são uma forte evidência de que a papisa Joana realmente existiu.
Os especialistas acreditam que elas fazem parte de uma séries de moedas francas, feitas de prata, que traziam imagens de papas e imperadores.
As moedas estudadas trazem, de um lado, o nome do imperador Luis II. Do outro, um monograma complexo que representa o nome IoHANIs – segundo os pesquisadores, ele só pode ser lido como Iohannes. O monograma teria sido baseado na assinatura do papa representado.
A história de Joana aparece na crônica de vários autores medievais. Disfarçada de homem, joana conseguiu subir na hierarquia católica e ser eleita papa. As datas são precisas: reinou entre 855 e 857, como João (Iohanes, em latim) VIII, conhecido também por Iohannes Anglicus. A primeira menção à papisa é de mais de 300 anos depois, no início do século 13, pelo dominicano Jean de Mailly. Ele não deu o nome oficial do papa mulher e situou a história em 1099. Foram cronistas posteriores que trouxeram os detalhes. Conheça sua trajetória:
A PAPISA RENEGADA
Joanna foi criada de uma maneira muito diferente das mulheres de seu tempo. Incentivada pelo pai, dedicou-se às atividades intelectuais por 12 anos. Era tão culta quanto os mais distintos homens da região. Ainda jovem, para viver um grande amor, vestiu-se de homem e ofereceu-se como noviço a fim de poder estar junto ao seu amante, um frade.
Em seguida, os dois saíram pelo mundo levados pelo mesmo objetivo: amor pelo conhecimento. Assim estudaram várias línguas e os costumes dos mais diversos povos. Viveram na Inglaterra, França e diversos países para, finalmente, aportar na Grécia, o berço do saber antigo, onde o companheiro vem a falecer.
Decidida, trocou Atenas por Roma, sempre disfarçada de homem. Aos 20 anos, foi eleita por padres, frades e doutores como “gênio do século”, período em que o papa Leão IV morre e, subsequentemente, é escolhida por unanimidade para sucedê-lo, já com o nome de João Ânglico, no ano de 850.
Durante dois anos cumpriu as tarefas de forma ilustre, mas sua natureza falou mais alto: ela era mulher e já tinha experimentado as delícias do amor e da sexualidade. O disfarce, o cargo e os poderes de homem eram de certa forma sua solidão. Acabou se apaixonando mais uma vez e revelou o segredo ao amante, com quem manteve uma relação clandestina. Porém, Joanna ficou grávida. Ao longo dos nove meses, conseguiu disfarçar sua condição, já que usava longas e largas vestes. Contudo, inevitavelmente, teve o segredo desvendado. Era época das preces, celebrava-se a festa anual Ambarrullia, com uma procissão a cavalo, a qual o papa deveria acompanhar. Joanna sentiu as dores do parto em plena procissão, caiu do cavalo, rasgou as roupas e se expôs à execração pública. A papisa deu à luz, rodeada pelo alto clero que a condenou a penas eternas e não permitiu que lhe dessem socorro. Assim ela viu o filho ser estrangulado.
Joanna morreu amaldiçoada, mas o povo de Roma insistiu em enterrá-la junto ao filho em uma sepultura feita onde dera à luz, em vez da Basílica, como era de seu direito, enquanto papisa. No local, foi erguida uma capela com uma estátua de mármore representando a papisa em trajes sacerdotais, com tiara na cabeça e uma criança nos braços. Porém, o clero não a perdoou. Mais tarde, o papa Bonifácio III mandou destruir a estátua que maculava a reputação da Igreja.
Quando os jesuítas declararam guerra contra o protestantismo, João Huss, Lutero e Calvino foram acusados de terem inventado a fábula da papisa, embora esteja documentada a veracidade da sua existência, tanto pela escultura do busto de uma papisa, quanto da restauração da Catedral de Siena, no século XV, como na cerimônia de ordenação dos papas, o que já motivou um filme e livro sobre sua vida.
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