Violência

Luana Piovani foi agredida em 2008 pelo também ator Dado Dolabella. A agressão foi registrada pelas câmeras de segurança de uma boate. Após a denúncia feita pela atriz, o caso foi julgado e Dolabella condenado por lesão corporal contra Luana. No entanto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou, em 2011, que a agressão foi comum e não poderia ser enquadrada na Lei Maria da Penha, já que a atriz não pode ser considerada hipossuficiente ou em situação de vulnerabilidade. A decisão do Tribunal do Rio, considerada preocupante por movimentos feministas, abriria precedente para a discriminação de mulheres que podem e que não podem apanhar. Em 2014, o Superior Tribunal Federal reverteu a decisão e estabeleceu que não é preciso haver submissão para que a agressão seja enquadrada na lei de proteção à mulher. A pena do ator foi de nove meses de prisão, mas o caso prescreveu e, portanto, ele não cumprirá. “Eu fiz minha parte, denunciei”, comenta a atriz.

Luana é agora a porta-voz da campanha Eu Ligo 180, lançada pelo governo federal com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de denunciar casos de violência doméstica. “Eu ligo quando as mulheres são agredidas em casa”, diz a atriz no vídeo da campanha. Na mesma ocasião, foi lançado um aplicativo para celular, que fornece informações sobre os tipos de violência contra as mulheres, explicações sobre a Lei Maria da Penha, uma ferramenta colaborativa para mapear os locais que oferecem risco às mulheres, dados e localização dos serviços da rede de atendimento e um link direto com a central do Disque 180. Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, o aplicativo “é uma tecnologia pioneira na América Latina e pode incentivar outras nações para combate da violência contra as mulheres”.