Carmen Niethammer, funcionária da IFC (International Finance Corporation), é consultora de gênero na Odebrecht. Durante o Fórum Momento Mulher, em São Paulo, afirmou que existe uma oportunidade para as empresas investirem nas mulheres como trabalhadoras. Por exemplo, a área de construção e engenharia da Odebrech, a infraestrutura, teve aumento da presença feminina. “Numa área tradicionalmente dominada pelos homens, o Grupo Odebrecht emprega 15.000 mulheres, o que representa 12% de toda a equipe, em um segmento em que esta porcentagem gira de 3 a 5%”. Um dos principais fatores que contribuem para isso é o programa de treinamento e planejamento chamado Acreditar, lançado em janeiro de 2008 na Hidrelétrica Santo Antônio. “Ele foi amplamente aplicado no Brasil e em outros nove países, treinando 67.000 empregados desde agosto de 2012. Apesar de não ser especificamente dirigido ao público feminino, ele encorajou a participação delas com comunicação estratégica e ativa, que claramente articulou homens e mulheres elegíveis à iniciativa. Conforme muitas mulheres jovens estão entrando para o mercado de trabalho, a procura por creches poderá aumentar. Em alguns países as parceiras com creches públicas já existem e funcionam bem. Um outro exemplo de parceria entre setores público e privado existe no Peru, onde os setores público e privado trabalham contra a violência que atinge a mulher, pois o que a comunidade passa impacta nas empresas”.
A consultora conta que no IFC trabalha pelo maior acesso das mulheres aos serviços financeiros: “Cerca de 38% das pequenas e médias empresas são de mulheres no mundo. No Brasil, há uma parceria do IFC com o Itaú de US$ 470 milhões para financiar empresas de mulheres, que também prevê canais de distribuição, estratégias de marketing e avaliações da lucratividade de pequenas e médias empresárias, dentro do IFC Programa Banking on Women da América Latina”. Segundo dados do Banco Mundial e do IFC, mais de 40% das empresas registradas na América Latina e Caribe são de mulheres. O IFC apoia programas focados nas necessidades das mulheres empreendedoras, que geralmente têm pequenas empresas no setor de serviços e enfrentam problemas diferentes”.
No IFC também há iniciativas que apoiam a mulher no conselho administrativo. “Damos suporte a programas em países em desenvolvimento. O IFC tem programas de governança para treinar os conselhos administrativos das empresas e parceria com a Organização Mundial do Trabalho, apoiando as mulheres no mercado de trabalho”, continua. O Banco Mundial e o IFC estão atuando junto aos governos para revisar a legislação. “Há países que restringem a atuação das mulheres em alguns setores, que são considerados historicamente “perigosos” e fisicamente desafiantes para as mulheres. Com o avanço da tecnologia, existe uma oportunidade para esses problemas serem revisados”.
Segundo Carmen, a instituição lançará a publicação `Investing in Women´s Employment` (Investimento nas Mulheres como Trabalhadoras) com boas práticas baseadas em empresas globais, incluindo o setor de mineração, por exemplo a Rio Tinto e a Anglo American, que apresentam os benefícios de recrutar mulheres, assim como investir nelas.
O prêmio Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês) da ONU que foi lançado no Fórum pela Itaipu Binacional, reconheceu as empresas que investem no empoderamento de mulheres. Carmen acredita que as pessoas que trabalham com questões de gênero e diversidade poderiam unir forças e criar ainda mais uma rede de relacionamentos. “Fortaleceríamos o que está sendo feito pela mulher. Temos que discutir a maternidade e a gestão da diversidade”, finaliza.
| Pró-Equidade de Gênero
O Programa Pró-Equidade de Gênero é uma iniciativa do Governo Federal, implementado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), que visa alcançar a equidade de gênero no mundo do trabalho através da adoção de novas concepções na gestão de pessoas e na organização das empresas.
Ao aceitar as condições do Programa, a empresa traça um plano de ação que, se implementado, permite que a mesma receba o Selo Pró-Equidade de Gênero, que poderá ser usado em suas campanhas publicitárias, documentos e peças institucionais, de modo a divulgar o seu compromisso com o tema.
Todos os anos, corporações que promovem políticas e ações pela eliminação da discriminação entre homens e mulheres no ambiente de trabalho são homenageadas pela SPM. Em 2013, 57 empresas e entidades públicas receberam o selo da 4ª edição do Programa. A ministra Eleonora Menicucci destacou que, ao longo dos anos, é possível perceber o esforço das empresas em envolver cada vez mais seus empregados e empregadas em ações voltadas para reduzir as desigualdades, que tanto afetam as mulheres nesses espaços. “É importante lembrar que as relações de gênero exercem um papel relevante e essencial para o entendimento das estratificações no mercado de trabalho, influenciando a sua própria dinâmica e características”, apontou Eleonora.
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