Cultura

Maria Guilhermina, escultora nascida em Minas Gerais e radicada em Goiânia, nos últimos anos dedicou-se à tarefa de trazer para a consciência humana a poesia que se esconde na matéria da escultura. Defendeu, na Universidade de Paris, uma tese de doutorado sobre o desenho escondido na escultura, a forma oculta e estruturante capaz de tornar vital o que antes era inerte. Recebeu louvor máximo e, em seguida, ganhou um concurso de esculturas, também na Cidade-luz, mostrando sua obra que tem a cara do Brasil.

Ainda hoje, Maria Guilhermina expõe anualmente na Europa, em mostras coletivas ou individuais. A artista tem 1800 peças em pedra-sabão e 1300 em pau-brasil catalogadas. Muitas delas estão expostas ao redor do mundo. A natureza é o principal tema abordado por ela, que é uma das fundadoras do Instituto de Artes da Universidade Federal de Goiás e conselheira de Cultura do estado que a abraçou.

Maria Guilhermina é um exemplo de amor à natureza. Quando criança, vivia em meio à floresta, já que o pai fabricava telhas e tijolos para serem usados na construção de Brasília e, portanto, morava em locais distantes e ainda não explorados. De certa maneira, devido ao trabalho do pai, as artes manuais também são constantes em sua vida desde a infância.

Segundo ela, isso é inspirador e motivador. “Quando eu tive condições, a primeira coisa que fiz foi comprar o sítio em que vivo atualmente. O que me inspira são as folhas, os pássaros, os bichos. O ambiente me ajuda muito a produzir.” Em seu sítio, há ipês, jatobás e outras árvores centenárias. Um verdadeiro paraíso ecológico localizado no bairro Santa Genoveva, na capital de Goiás.