Violência

Brasil teve 606 casos de violência doméstica por dia em 2017 e  um aumento de 8,4% nos casos de estupro, entre 2016 e 2017.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou  a  12ª edição de seu relatório anual, que compila um extenso e detalhado levantamento sobre a situação da violência no Brasil.

Entre os números apresentados no documento, um dos dados mais alarmantes aponta que houve um aumento de 8,4% nos casos de estupro, entre 2016 e 2017.

Violência contra a mulher no Brasil

Registrando também um recorde no número de assassinatos ocorridos em todo o País, o Anuário de Segurança Pública ainda aponta que os crimes contra mulheres não tiveram nenhuma melhora significativa no período, principalmente no que diz respeito ao feminicídio.

Feminicídio

De acordo com relatório, o número de mulheres que foram mortas no ano passado chegou a 4.539, o que representa um crescimento de 6,1% em relação a 2016.

Já os casos que foram classificados como feminicídio subiram de 621 para 1.133, quase o dobro de vítimas de um ano para o outro.

Vale ressaltar que a lei do feminicídio foi criada em 9 de março de 2015 e pune os casos em que a vítima é assassinada pelo fato de ser mulher. É um tipo de homicídio qualificado incluído no rol dos crimes hediondos.

A criação da lei possibilitou que os casos de homicídio de mulheres por questões de gênero fossem evidenciados. Só com esses dados, é possível criar mais políticas públicas de prevenção e combate à violência contra a mulher.

Lei Maria da Penha

Outro ponto preocupante do anuário foi a maior ocorrência nos casos de estupros denunciados nas delegacias brasileiras ao longo de 2017. Para se ter uma ideia exata, 60.018 casos deste crime foram registrados em todo o País, apontando um aumento de mais de 8% em relação a 2016.

Além disso, também foram contabilizados 221.238 registros de violência doméstica – representando 606 casos por dia.

Este dado específico considera todas as ocorrências que se enquadram na Lei Maria da Penha, que acaba de completar 12 anos desde sua criação, e considera as mulheres que foram vítimas de lesão corporal dolosa – quando o agressor quer ou assume o risco de produzir a violência física contra a outra pessoa.