Câmara dos Deputados aprova legalização do aborto no país, onde a prática só era permitida em casos de estupro e de risco de morte da mãe,sua liberação é uma reivindicação do movimento feminista desde 2015.
Sob forte pressão popular, com votação acirrada, a Câmara do Deputados da Argentina decidiu pela legalização do aborto. Eles defendem que a prática pode ser realizada até a 14ª semana de gestação, além de se estender nos casos de estupro, riscos de vida para a mãe e malformação do feto. A decisão foi de 129 votos a favor, 125 contra e 1 abstenção em uma sessão que teve início ontem (13) à tarde e terminou somente na manhã desta quinta-feira (14). O projeto passará agora ao Senado.
Na última semana, dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Buenos Aires com lenços verdes, a cor da campanha pelo aborto legal, seguro e gratuito. Mas manifestações em prol do aborto vêm sendo realizadas desde abril. Em fevereiro, o presidente Mauricio Macri pediu ao Congresso que analisasse uma proposta sobre o tema —apesar de sempre ter se declarado “pró-vida”.
Desde que a Câmara começou a debater o projeto nas comissões, mais de 700 pessoas expuseram argumentos contra e a favor da proposta. Isso porque o tema, em um país de maioria católica, é bastante polêmico. Opositores chegaram a mandar fetos de plástico dentro de caixões aos deputados. Na semana passada, uma petição com 414.000 assinaturas contra o projeto foi apresentada ao Congresso.
Do outro lado, os favoráveis convenceram os parlamentares se valendo das pesquisas de opinião, que apontam, em média, que mais de 50% da população apoia a descriminalização do aborto. Segundo dados do sistema de saúde argentino, são realizados cerca de 500.000 abortos ilegais por ano no país. Dez mil acabaram em internações e 63 em mortes, no ano passado.
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