Líder das “mães de Acari” após 25 anos sua morte continua impune.
Em julho de 1990 um crime chocou o país. O desaparecimento de 11 jovens no Rio de Janeiro. Eles passavam o dia em sítio em Magé, região metropolitana do Rio de Janeiro, quando foram assassinados. O episódio ficou conhecido como a “Chacina do Acari” e segue na mais completa impunidade.
Os corpos nunca foram localizados. Um grupo de extermínio formado por policiais foi acusado deste crime, mas não foram levados à justiça. As mães destes jovens foram incansáveis na luta por justiça. Elas passaram a ocupar todos os dias a escadaria da Câmara dos Vereadores do Rio para chamara a atenção para o caso e exigir justiça. Elas ficaram conhecidas como as “Mães de Acari”.
Em janeiro de 1993, portanto, há exatos 25 anos, a líder dessas mães Edméia da Silva Euzébio foi assassinada no metrô da Praça Onze no Rio. Ela foi assassinada quando buscava informações sobre o paradeiro do seu filho. Edméia costumava visitar locais de desovas de corpos, hospitais, Institutos Médicos Legais e cemitérios clandestinos na busca por respostas.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro recebeu a denúncia do homicídio de Edméia, no dia 11 de julho de 2011. Sete pessoas são acusadas pelo crime, a maioria policiais militares, incluindo o ex-comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, então responsável pelo policiamento da região de Acari, subúrbio do Rio de Janeiro. Vinte e dois anos já se passaram da morte de Edméia e o processo continua na fase de instrução e julgamento, não sendo encaminhado para o júri.
Para a Anistia, a lentidão no processo judicial é injustificável e mostra a falência e a seletividade do sistema de justiça criminal no Brasil. Depois de 25 anos, a responsabilização pelo crime fica cada vez mais difícil, pois várias testemunhas já morreram ou não podem mais ser localizadas. A falta de resolução ainda cria um clima de insegurança para a família e as testemunhas arroladas no processo que, até hoje, vivem com medo de sofrerem retaliações.
Para a diretora executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck, esse é um caso emblemático de interesse mundial. “Agentes do estado, policias, servidores públicos, estão por trás desse caso. Foram agentes do estado que produziram a morte de Edméia. É preciso escolher o lado da justiça, o lado da investigação, o lado da punição dos culpados, é preciso escolher o lado da Edméia”, conclui.
Fonte: redação
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Triste que no Brasil o cumprimento da justiça tem sempre aguardado longos anos.