Um adesivo rosa em formato circular na traseira do carro: é esse o símbolo que taxistas estão utilizando, na cidade do Rio, para avisar que quem está no comando do volante é uma mulher. Organizadas no movimento Táxi Rosa Carioca, que nasceu em janeiro deste ano, elas já são cerca de cem profissionais. E, além da visibilidade nas ruas, buscam destaque nas redes. É por isso que, nesta sexta-feira, será lançado um aplicativo, com o mesmo nome do grupo, para recebimento de chamadas de passageiras e passageiros, conforme adiantou o colunista do O Globo, Ancelmo Gois.
— Estamos na fase de recrutamento das motoristas. A meta é atingir mil profissionais — conta Dora Santos, de 57 anos, uma das fundadoras do movimento, que explica como surgiu a ideia de entrar no mundo virtual: — Foi da demanda das pessoas. Desde janeiro, nos organizávamos já por Facebook e Whatsapp. Quando alguém ligava pedindo uma corrida e eu não podia atender, passava para outra motorista do Táxi Rosa. E, ao saberem do movimento, as mulheres pediam um aplicativo também.
Nas ruas do Rio, a aprovação das passageiras é rapidamente comprovada. Ao conhecer o projeto, a engenheira Debora Barreto, de 24 anos, é uma das que comemoraram:
— Dá mais segurança às mulheres que usam táxi durante a noite. Diminui o risco de sofrer algum abuso, passa mais confiança.
A taxista Denise Azevedo, de 49 anos, conta que as reações delas, ao se depararem com uma mulher dirigindo, são sempre positivas.
— Já teve mulher que entrou, me viu no volante e falou: ‘Que bom que é uma mulher. Estou atrasada para um compromisso! Vou trocar de roupa aqui então’. Se sentem mais à vontade para se maquear, conversar — conta ela, que também ajudou a fundar o movimento.
Projeto de lei quer reservar 10% das autonomias para mulheres
O movimento ainda têm pretensões de mudanças políticas a fim de melhorar o cenário para as taxistas mulheres. Desde janeiro, elas pedem, por meio de uma petição virtual, que sejam reservadas 10% das autonomias de táxi para motoristas do sexo feminino. A proposta virou um projeto de lei do vereador Reimont (PT), que determina que o percentual seja alcançado em até cinco anos.
— Não será só uma oportunidade de vagas para motoristas. Mas há também uma questão muito ligada à segurança de passageiras, que preferem quando a condutora é uma mulher. Em segundo lugar, não achamos justo que esse ambiente seja tão masculino — justifica.
O texto ainda não tem data para ser votado na Câmara Municipal.
Fonte: Extra
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