Caminhar por ruas, parques e praças escuras sozinha nunca foi uma tarefa fácil para nenhuma mulher. Mas esta é a realidade de muitas, que precisam conviver com o medo e a insegurança de circular pelas ruas das grandes cidades, na volta do trabalho ou dos estudos.
Para a jornalista Babi Souza, que diariamente percorre um trajeto considerado perigoso em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Diante de situações como essa, o alivio surge quando se avista outra mulher. “Só as mulheres entendem o alívio de olhar para trás na rua e ver que a pessoa que está caminhando atrás dela é outra mulher”, observa.
Assim nasceu a campanha “Vamos juntas?”, que tem como objetivo aproximar as mulheres, sugerindo que elas passem a andar juntas. O movimento, lançada há menos de três meses, que na primeira semana teve mais de 36 mil curtidas, hoje, ultrapassa as 224 mil e tem inúmeras adesões em todo o país. “É impressionante como as pessoas se identificam com essa situação. Os homens nunca vão entender 100% como é importante esse tipo de união, porque temem, no máximo, um assalto, enquanto a maioria das mulheres tem medo de violência sexual”, constata a jornalista.
A página já possui vários depoimentos que comprovam a importância da união feminina. Em seus depoimentos pessoais, as usuárias compartilham experiências e agradecem a ajuda de desconhecidas. “Estava indo para a Terça Negra, evento que ocorre no centro de Recife, e desci numa estação que não fica muito próxima do local. Por ser dia de semana à noite, a rua fica bem deserta. Desci do ônibus já com o coração acelerado, apressando o passo. Senti que alguém vinha se aproximando, e quando virei para trás e vi que era uma mulher, bateu aquele alívio que só nós sabemos como é. Ela perguntou se eu também estava indo para o Terça Negra e se podíamos ir juntas. Não lembro seu nome, mas sou grata por tê0la ao meu lado naquele curto espaço de tempo”, relatou Maria Eduarda Omena, do Recife, em depoimento publicado na página do movimento. Babi atribui o sucesso da campanha ao simples fato de a ideia focar em um problema muito real na vida da maioria das mulheres. “Na verdade, tem o lado mais prático de irmos juntas, mas o que mais tem encantado é a coisa de que nós podemos juntas formar algo mais forte do que separadas. Está relacionado ao termo sororidade (irmandade entre as mulheres)”.
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