No ano passado, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média nacional dos salários dos dois gêneros apontou que as mulheres recebem cerca de 74,5% do que recebem os homens, uma média de R$ 1.480, contra R$ 1.987.

O lado positivo da pesquisa é que, comparado ao ano anterior, houve um aumento nesta proporção, que em 2013 era de 73,5%.

Diferenças nacionais

Roraima é o estado brasileiro mais igualitário quando o assunto é a média salarial entre homens e mulheres. Lá, o rendimento feminino é de quase 90% o masculino, sendo de longe mais justo que a média nacional. Por outro lado, fica no Mato Grosso do Sul a maior desigualdade. Com média salarial levemente superior aos 65%, este é o estado brasileiro que mais desvaloriza o trabalho feminino.

Analisando valores absolutos, é no Distrito Federal que as mulheres têm a maior média salarial, de quase R$ 3 mil, contra R$ 3.260 dos homens.

Embora alguns aleguem que a diferença seja por conta dos cargos ocupados, já foi constatado que mesmo em cargos similares, os homens geralmente recebem salários superiores.

Previsões desfavoráveis

A situação da desigualdade entre os salários de homens e mulheres não assusta apenas pelos números internos, mas também, quando se compara a outros países do mundo. Em um ranking mundial contando com 142 nações, o Brasil ficou na posição 124 em igualdade salarial.

Caso as médias femininas continuem crescendo no ritmo acompanhado nos últimos anos, talvez daqui a 80 anos o Brasil possa viver uma outra realidade e ver homens e mulheres trabalhando e recebendo salários mais balanceados.

Oportunidades

Em meio a tantas desigualdades, algumas empresas estão contratando profissionais, na qual algumas mulheres já fazem bastante sucesso. Na BASF, maior empresa química do mundo, há oportunidades em algumas unidades do Brasil para diversas áreas. Já na Whirlpool, há oportunidades para os setores de saúde, exatas e recursos humanos