Segundo pesquisadores dinamarqueses, da Universidade de Copenhagen, o exame de sangue, além de descobrir sobre a doença, é ainda mais preciso que uma mamografia. A descoberta revela exame pode prever a doença até cinco anos antes do câncer se desenvolver com um nível de precisão de 80%, enquanto os exames de mamografia são de 75%, sendo detectado só depois que a pessoa já desenvolveu a doença.
Essa grande descoberta se deve ao desejo dos pesquisadores em encontrar uma melhor opção para o rastreamento do câncer de mama que não só fosse mais preciso, como também resolvesse o problema de falsos positivos que tem assombrado a mamografia durante anos.
No ano passado, um estudo envolvendo 13.000 mulheres descobriu que o rastreio através de mamografia perde mais de 2.000 casos de câncer de mama por ano só no Reino Unido, enquanto falsamente alertava outras mulheres sobre a doença.
Mas porque a mamografia é tão imprecisa?
O grande problema encontrado por esse exame, é lidar com diferentes tipos biológicos de cada mulher. Sendo assim, as que possuem, tecido mamário mais denso – cerca de 1 em cada 3 mulheres, são as mais prejudicadas.
Além delas terem um grande risco de desenvolver câncer de mama, o tecido mamário mais denso dificulta a sensibilidade do exame como a percepção de nódulos. Os pesquisadores aconselham nesses casos, ao uso conjunto de ultrassom para alcançar uma melhor precisão.
Mas talvez o uso do exame de sangue possa mudar tudo isso. Ele se basearia em “medir todos os compostos no sangue para construir um perfil metabólico de um indivíduo, a fim de detectar mudanças na forma como os produtos químicos são processados, durante a fase pré-cancerosa”, diz Laura Donnelly, uma das pesquisadoras, ao Telegraph.
O conceito é o mesmo usado por pesquisadores da Universidade de Harvard nos EUA para prever doenças como leucemia, linfoma e síndrome mielodisplásica. A extração de exames de sangue possibilitou a observação de mutações nas células e, com isso, a percepção dos sintomas dessas doenças.
Para testar a eficácia do novo exame de sangue ao câncer de mama, os pesquisadores dinamarqueses observaram 57.000 participantes ao longo de 20 anos, recolhendo amostras de sangue ao longo do caminho. Desse total, foi retirada uma amostra de 800 mulheres, dividida em dois grupos – aqueles que permaneceram saudáveis durante todo o processo, e aqueles que desenvolveram câncer de mama no prazo de 7 anos de sua primeira amostra de sangue.
As amostra de cada uma dessas mulheres foram comparadas e os respectivos perfis metabólicos construídos.
Os pesquisadores descobriram que eles foram capazes de prever, com precisão de 80%, que os pacientes seriam afetados pela doença só de olhar para os perfis metabólicos. É claro que a precisão de 100% é sempre o almejado, mas a grande vantagem deste teste é que dá as mulheres em risco um avanço no combate à doença.
A detecção precoce é fundamental para o câncer de mama – se for descoberto precocemente, como no estágio 2, a chance de sobrevivência é de 93 a 100%. Já no estágio 3, o número cai para 72% e no estágio 4, para 22%.
Essa é a função do exame de sangue: ajudar a prevenir futuros possíveis cânceres de mama, tornando o combate e sobrevivência para cada mulher próximo de 100%.
Fonte: sciencealert.com
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