Saúde

Durante o período frio e seco de Brasília, uma das doenças mais preocupantes é a asma, que atinge as vias respiratórias e é mais comum em crianças. Segundo o médico Daniel Boczar, pneumologista do Hospital Anchieta, apesar de universal, a ocorrência de asma não é uniforme, com prevalências que variam de 1% a 18% da população.

“É necessário enfatizar que a asma tem tratamento e quando realizado corretamente possibilita uma vida normal ao paciente, diminuindo consideravelmente o índice de procura ao pronto socorro e internações hospitalares em qualquer fase da vida”, explica o especialista.

A doença é caracterizada pela inflamação das vias aéreas, o que dificulta a passagem de ar e normalmente advém das alterações climáticas ou agentes externos. As vias respiratórias se contraem em resposta a elementos como pó, fungos, fumaça ou até mesmo esforço físico, causando falta de ar, sensação de aperto no peito e tosse, particularmente à noite ou pela manhã.

Para evitar desenvolver crises, deve-se ficar atento a alguns procedimentos. É importante que o paciente evite poeira doméstica, animais no domicílio, tabagismo ativo e passivo, poluição ambiental, entre outros. Trocar a roupa de cama pelo menos duas vezes por semana, revestir colchão e travesseiros com capas antialérgicas são ações que diminuem a incidência das crises.

“O tratamento da asma envolve o controle do ambiente em que o indivíduo vive, e o uso de medicamentos, baseados nos dispositivos inalados – as bobinhas. Existem os remédios que controlam a doença e aqueles que aliviam os sintomas”, explica Daniel. O médico alerta que a educação é um dos fatores mais importantes do tratamento, que pode melhorar o controle da doença e permitir vida normal aos pacientes.