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A luta pelo acesso à educação para todas as mulheres é uma constante diária.

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O Brasil que os Jovens Querem

Virgínia Barros tem 27 anos e preside a maior entidade da juventude brasileira, a União Nacional dos Estudantes (UNE). Ela, que representa mais de sete milhões de estudantes, considera esse desafio uma grande responsabilidade e se sente motivada por ser a quinta mulher a alcançar o principal posto da organização. Vic, como é carinhosamente conhecida nos corredores da Universidade de São Paulo (USP), onde cursa Letras, acredita no avanço de questões relativas às diversas fatias da sociedade, com base na educação de qualidade, na preparação dos jovens para o futuro e na conscientização a respeito de liberdade e equidade. Virgínia aborda ainda questões como a pluralidade, a participação popular mais efetiva e o combate à corrupção. A luta pelo país dos sonhos é uma constante na vida dessa jovem que, antes de chegar à UNE, presidiu a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP). Sob sua gestão, foi concedida gratuidade aos alunos da Universidade de Pernambuco (UPE), em 2009. Até então, os estudantes pagavam para estudar.

Como atual presidenta da UNE, esteve ativa nas manifestações ocorridas no Brasil este ano, em que milhares de jovens saíram às ruas para pedir melhorias no sistema brasileiro de gestão e no acesso de todos aos serviços essenciais. Vic afirma que o país que os estudantes querem é mais justo, com mais direitos, menos desigualdades e mais oportunidade para todos, e que os estudantes têm grande responsabilidade nesse processo de mudanças: “Nosso papel é o de permanecer em movimento, em manifestação, nas ruas, nas praças, até conquistarmos o país dos nossos sonhos”. Uma das principais bandeiras que a entidade carrega é a de um maior investimento em educação de base. Além disso, defende a reforma política como outra questão central para o Brasil avançar democraticamente. “A reforma que nós, da UNE, queremos combate à corrupção e interesses corporativistas atacando, em primeiro lugar, o financiamento privado das campanhas. Também precisamos abrir mais instrumentos para ampliar a participação popular nas decisões políticas. Fortalecer o processo de conferências e criar mais conselhos populares, por exemplo”, diz.

O desafio feminino de buscar mais igualdade de gênero é algo que Virgínia vivencia diariamente. Sofreu (e ainda sofre) preconceito por ser mulher, viveu na pele momentos de hostilidade e enxerga que as situações às quais foi exposta não são exclusividade dela; ao contrário, são comuns à maioria das mulheres, especialmente as que ocupam posições de destaque. “No entanto, permanecemos em luta, em defesa dos direitos reprodutivos da mulher, na sua autonomia sobre seu próprio corpo, contra a cultura do estupro e criminalização da vítima, contra a mercantilização de nossos corpos e nossas identidades”, afirma. Segundo Vic, ainda é insuficiente o número de mulheres como representantes do povo, inclusive dentro da universidade: “Somos a maioria da população, mas, infelizmente, ainda temos um dos Parlamentos mais masculinos do mundo, com menos de 10% de representação feminina. Essa estrutura política precisa mudar e esse debate também precisa estar incluso no tema da Reforma Política, para que possamos diversificar o perfil de nossa representação política e conectar os espaços de decisão com a pluralidade e diversidade da nossa gente brasileira”.

Virgínia considera que não existe uma resposta única à pergunta: Qual a melhor solução para que o Brasil seja realmente democrático? Para ela, há muitas questões que devem ser consideradas. “A política é de todos e não só dos parlamentares, prefeitos e governadores”, considera. A jovem também reforça a ideia de uma fiscalização popular da gestão pública, que faça com que a administração do país seja mais transparente e eficiente. Todas as esferas da sociedade são responsáveis pelas mudanças tão desejadas, comenta. “Não há um papel específico para a mulher ou para o homem, para o gay, para a lésbica, para o transexual, mas sim uma necessidade de todos, do conjunto da sociedade, lutar pela igualdade de direitos. A luta feminista não pode se distanciar das lutas contra todas as formas de opressão, a começar pela econômica e social, que atinge a todas e todos. Nosso papel é defender um novo mundo, com menos opressões, mais justiça social e, consequentemente, mais amor e felicidade.”

Virgínia, de apenas 1,53m de altura, é grande. Sua citação favorita, publicada em seu perfil do Facebook, é de um romance de Raduan Nassar e atesta que a verdadeira grandiosidade do ser humano é pensar no coletivo e agir em prol daquilo que é melhor para todos: “A sabedoria está exatamente em não se fechar nesse mundo menor. Humilde, o homem abandona a sua individualidade para fazer parte de uma unidade maior, que é de onde retira sua grandeza”. Do alto do principal posto da UNE, Vic sabe que não está sozinha na luta: “O que estamos vivendo, com otimismo agora, a partir dos protestos de 2013, é a reafirmação do papel dos estudantes brasileiros na luta pelo aprofundamento de nossa democracia. A população tem demonstrado que se preocupa e quer debater os rumos do Brasil”.

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Sabor Mineiro

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60 respostas a “O Brasil que os Jovens Querem”

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  60. Yo también conocí a ese lehendakari aunque mucho peor que tu y no disfruté de sus enseñanzas. No recuerdo su sombrero, pero hubiera preferido una buena boina de Tolosa.Que suerte haber podido librarte de ciertas maaseeitncionfs de lo que llamas la euskopeta nationala y haberla sustituido por Marx y Weber cuya mente filosófica quizá debiérmos imitar un poco. |

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