Nadine Gasman, ph.D. em saúde pública e atual representante da ONU Mulheres no Brasil e Cone Sul, atua na transversalidade da perspectiva de gênero e a importância da mulher para além dos trabalhos braçais. “A batalha é para que todos os segmentos sociais levem em conta a perspectiva de gênero, crie condições para uma igualdade sustentável”, explica. Nas consultorias que presta a ministérios e autarquias, ela procura ampliar a participação política da mulher, sua liderança em empresas e fazer com que estas sejam mais equitativas. “Busco o empoderamento econômico, a autonomia dela, demonstrar sua capacidade de gerar seus recursos, ampliar o espaço na economia formal, estimular o empreendedorismo. Batalhamos pela erradicação da violência, pois globalmente uma a cada três [mulheres] sofre com isso”, afirma.
Eleita em julho de 2013, Nadine foi diretora da Campanha do Secretário-Geral das Nações Unidas Una-se pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, e se juntou à ONU em 2005, trabalhando com os governos locais e nacionais. A respeito, considera: “Foi uma iniciativa global. Dirigi América Latina e Caribe. Trabalhamos para acabar com a impunidade alta nessas regiões e na prevenção da violência.” A iniciativa envolveu artistas e atletas. “Atuamos com os governos, envolvemos a sociedade civil e o setor educacional”, comenta.
A proposta é engajar os públicos no trabalho pela igualdade e resolução de conflitos sem violência. “Desenvolvemos aliança com a MTV com o mote que ‘valente não é violento’, focando o homem jovem e quebrando preconceitos.” Outra empreitada relevante foi a Carta Régia da Saúde da População, da qual Nadine participou na elaboração. “Ela envolveu mais sistematicamente as organizações da sociedade civil.” Atuando também como consultora independente da Opas e Banco Mundial, esteve à frente de trabalhos por políticas farmacêuticas e remédios essenciais. “Influenciamos a reforma do setor de saúde, especialmente na Nicarágua e Centro América em geral. Os genéricos, as patentes sociais, vieram do envolvimento dessas organizações”, observa.
No México, promoveu os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres vítimas de violência, especialmente a sexual. “Apoiei o governo no desenvolvimento de políticas para elas, estruturando desde fornecimento de anticoncepcionais de emergência, aborto legalizado e assistência jurídica”, destaca. Na Guatemala, atuou com meninas indígenas que entravam tardiamente na escola e a abandonavam. “Elas começavam com 12 ou 13 anos, mas deixavam de estudar; envolvemos a família e a comunidade, criamos condições de continuarem na escola.” Nesse país, a baixa escolaridade das mulheres tinha como consequência trabalhos domésticos desfavoráveis. “Desenvolvemos políticas públicas para reconhecer as condições específicas desse grupo e favorecer seus estudos, procurando uma situação de igualdade, fazendo com que desenvolvessem seus potenciais”.
Gasman é médica formada pela Universidade La Salle do México e possui nacionalidade mexicana e francesa, com mestrado em Saúde Pública pela Universidade de Harvard e doutorado em Gerenciamento e Políticas da Saúde pela Universidade John Hopkins. Na América Central, transformou políticas de saúde e medicamentos especiais. “Também atuei na Europa. Na Dinamarca, trabalhei com saúde pública em contato com agências de cooperação e, na Suécia, assessorei o Banco Mundial e agências internacionais de cooperação em saúde pública”, finaliza.
Some truly excellent info, Sword lily I detected this.
http://www.edsheeran.co.uk
http://www.emp3z.co.uk