Debora Diniz, de 43 anos, pesquisadora do Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, foi uma das responsáveis por uma vitória importante no direito das mulheres. Graças à sua luta de mais de dez anos, ela colocou em pauta e obteve a aprovação, em 2012, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da interrupção de gravidez para casos de anencefalia, quando o feto não desenvolve completamente o cérebro nem a parte superior do crânio. “Foi uma de minhas maiores batalhas”, considera.
O tema lhe é tão caro que, em 2004, Debora produziu o roteiro e dirigiu, com a jornalista Eliane Brum, o documentário Uma História Severina sobre uma lavradora que cultiva brócolis no interior de Pernambuco e estava internada para interromper a gestação de um feto sem cérebro quando uma liminar garantia esse direito. No dia do procedimento, os ministros do STF derrubaram a liminar e ela teve de voltar para casa. Iniciou-se uma batalha jurídica para que ela conseguisse realizar o aborto, mas a autorização só veio quando já sentia as dores do parto. O filho nasceu morto. Dez anos depois, graças à aprovação de 2012, Debora diz que o cenário mudou. “As mulheres que enfrentam essa tragédia têm apoio no Sistema Único de Saúde e a perspectiva é a de que, cada vez mais, as equipes de saúde sejam capacitadas para esse atendimento”, diz.
Professora na Universidade de Brasília, Debora se aproximou da bioética ainda na pós-graduação. “Fui traçando um caminho aliando a bioética aos direitos humanos e às ciências sociais, o que me permite transitar por diversos temas em minhas pesquisas”, explica. Embora ainda seja referência pela luta a favor do aborto, tema que lhe rendeu um prêmio das Nações Unidas, Debora pesquisa outros assuntos, como sistema prisional, loucura, violência e laicidade do Estado. “Manter uma agenda com foco nos direitos humanos é um ponto-chave em minha trajetória acadêmica. Não dá para fazer pesquisa sem intervenção social, sem proposição de melhoria e aperfeiçoamento de políticas e processos, sem um retorno para a população”, diz.
Casada há mais de 20 anos com o mesmo parceiro, seus hobbies são literatura japonesa e documentários. Ela considera que hoje as mulheres não estão em desvantagem em relação aos homens no campo científico e acadêmico: “O censo IBGE 2010 mostrou que continuamos crescendo nesses espaços. Somos mais mulheres na pós-graduação e, consequentemente, na academia. A ciência só tem a ganhar com mais mulheres atuando em pesquisa”.
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