O número de césareas quase quadruplicou nas últimas quatro décadas, passando de 14,5%, na década de 1970, para 52%, em 2010. Na rede privada, este índice é ainda maior: 88% do total de partos são césareas, enquanto que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de até 15%.
O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira na Fiocruz, e trata-se de um amplo estudo em parceria do órgão com o Ministério da Saúde, que entrevistou 23.894 mulheres tanto em maternidades públicas, quanto privadas no Brasil.
Entre as adolescentes, o número também é alto: 42% realizavam a cirurgia. Elas representam 19% do total de grávidas.
Muitas das grávidas não desejavam a gestação, 30% do total.
– O aborto é ilegal, mas sabemos que é uma prática frequente. Um quarto das gestações terminam hoje em aborto, por isso temos que melhorar nossas políticas de natalidade – afirmou a coordenadora da pesquisa, Maria do Carmo Leal, pesquisadora da Fiocruz.
Cerca de 60% das gestantes iniciam pré-natal tardiamente, após a 12a semana, e cerca de um quarto delas sem receber um número mínimo de seis consultas.
No setor público, 15,5% preferiam cesárea no início da gestação, mesmo sendo de baixo risco. Na hora do parto, 44,8% optavam pela cirurgia. No privado, mesmo sendo de baixo risco, 36,1% preferiam a cirurgia no início, e no final, 80,9%.
O Globo
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