No dia 14 de abril, membros do grupo Boko Haram (“A educação ocidental é pecaminosa”, em dialeto haussa) sequestraram 276 meninas em uma escola no noroeste da Nigéria, de acordo com informações da polícia nigeriana. Em vídeo, o líder da milícia prometeu tratar as adolescentes como escravas, vendê-las aos países vizinhos e forçá-las a casar. “Eu capturei suas meninas. Nós vamos vendê-las no mercado, por Alá. Alá diz que eu devo vendê-las. Ele me ordenou que as venda. Vou vender mulheres. Eu vendo mulheres”, disse o homem que se identificou como Abubakar Shekau.
O Boko Haram é uma organização que interpreta de forma controversa o Alcorão e é contra a educação para mulheres. As meninas sequestradas têm entre 16 e 18 anos. Das 276 capturadas, apenas 53 conseguiram fugir do cativeiro. No momento, surgem rumores de abusos: uma das meninas que conseguiram escapar afirmou que as mais jovens chegam a ser violadas 15 vezes por dia.
A Organização das Nações Unidas se posicionou a respeito do assunto por meio de uma mensagem conjunta da diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Hgcuka, e do responsável pelo Fundo para a População das Nações Unidas, Babatunde Osotimehin. “Estamos numa corrida contra o relógio e cada momento conta. Necessitamos que o governo da Nigéria atue rápido e precisamos do apoio do mundo”, diz o comunicado. As autoridades nigerianas admitem desconhecer o paradeiro das adolescentes.
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