Eva, Geli, Stefanie, Emilie, Helene, Elsa, Madeleine, Maria, Magda Leni, Unity, estas são apenas algumas das muitas mulheres que cederam aos encantos de Hitler. Pode parecer pouco provável que o homem responsável pela morte de milhares de pessoas possa ter despertado amor e paixão. Mas ao mesmo tempo em que era um implacável tirano, Hitler era uma celebridade para seus conterrâneos. Mas quem eram essas mulheres? Como foram criadas? Por que se deixaram seduzir por um ditador cruel? Muitas são as perguntas que o jornalista Erich Schaake tenta responder nos 13 capítulos do livro: Todas as mulheres de Hitler.
Nos primeiros capítulos, o autor aborda a infância e a juventude do futuro ditador, cuja mãe é a figura principal. Klara Hitler, uma mulher submissa incapaz de levantar os olhos para encarar o marido que tiranizava a família. Apesar de ser superprotegido pela mãe, Hitler assim como seus irmãos, sofreu diariamente com a insana violência do pai. Na juventude, o jovem Adolf sonhava em ser um renomado pintor, mas foi reprovado no exame para a Academia de Belas Artes de Viena, época que não há registros de grandes paixões a não ser um amor platônico por uma jovem austríaca de nome Stefanie. Após ser recusado na Academia, perambulou pelas ruas e albergues da capital austríaca, até ingressar como voluntário no exército alemão.
A derrota do país foi a grande alavanca para a ascensão de Hitler, cada vez mais forte no Partido dos Trabalhadores da Alemanha. Com seu carisma e sua retórica hipnotizante conquistou o apoio de mulheres importantes como Carola Hofmann, Helene Bechstein e Elsa Bruckmann. As aristocratas Lily von Abegg, Gertrud von Seydlitz e Viktoria Von Dirksen, também se renderam ao charme de Hitler e além de contribuírem financeiramente, apresentaram seu protegido a personalidades influentes de todo o mundo. Seguindo o mesmo caminho, figuram nomes como de Winifred Wagner, nora do compositor Wagner, que foi uma grande incentivadora e propulsora das ideias de Hitler no meio artístico. E de Leni Riefenstahl, cineasta alemã da era nazista, renomada por sua estética. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, ela se tornou fotógrafa e mergulhadora. No livro não fica claro o real envolvimento de ambas com o Führer.
De acordo com Schaake, o amor e a atenção de Hitler eram dedicados às mais jovens, geralmente na faixa dos 17, 20 anos. Na grande maioria, oriundas de famílias menos abastadas, vítimas de violência paterna, que ansiavam por atenção e por um objetivo de vida. Entre elas figuram sua sobrinha Geli Raubal com quem viveu uma grande paixão que terminou com o suicídio da jovem, aos 23 anos, supostamente por ciúme de Eva Braun. A própria Eva, amante e esposa do Führer, que decidiu morrer ao seu lado, tem em seu currículo duas tentativas de suicídio, cuja uma das causas seria o relacionamento de Hitler com a jovem Unity Valkyrier. Alta, loira de olhos azuis, Unity tinha a aparência louvada pelos nacional-socialistas, apesar de ter nascido em Londres. No auge dos seus 20 anos, a inglesa passou a idolatrar o líder nazista, tornando-se uma fervorosa propagandista do nazismo. Quando a Inglaterra declarou guerra à Alemanha, ela se viu dividida entre o seu amor e seu dever cívico e decidiu pôr fim a sua vida. Mas o tiro não a matou e ela viveu em estado de semiconsciência até a sua morte.
Erich tenta desvendar o mistério sobre a vida íntima e afetiva de uma das figuras mais odiadas da história mundial. Jovens, maduras, ricas, pobres, famosas ou anônimas, todas protagonizaram um importante papel na vida do tirano, colaborando para a sua ascensão como líder político de uma Alemanha devastada pela crise econômica.
PARA LER
Todas as mulheres de Hitler
Autor: Erich Schaake
Editora: Lafonte
Páginas: 224
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