Vitalina Alberta de Souza Paz, Dona Duda, é autora de 200 cirandas. Nascida em 16 de abril de 1923 está prestes a completar 90 anos, com muita alegria, lucidez e força de mulher. De seu repertório, a primeira ciranda foi composta em 1935. Uma ingênua cantiga de roda da menina Duda, mas que foi o despertar de uma jovem para uma cultura que influenciou o turismo e o desenvolvimento do litoral Norte de Pernambuco.
Chegou na praia do Janga nos meados de 1942, quando viu o mar pela primeira vez. “Ah! criatura! Quando avistei o mar achei a coisa mais linda da minha vida, apaixonei-me. Como é lindo esse jardim do meu Deus”. Quando questionada a respeito de sua vitalidade, responde: “A velhice eu deixo de lado, pois a mocidade me acompanha sempre”.
Logo que avistou o mar compôs uma letra de ciranda. Aos 19 anos, refez sua vida, no segundo casamento que lhe deu conforto e instabilidade. A partir daí, montou o Bar Cobiçado, a beira mar na Praia do Janga, onde iniciou sua ciranda. Os primeiros convidados e fãs eram as crianças da vizinhança e filhos de pescadores, logo depois se transformou em atração turística. Tornou-se um sucesso nas noites de lua cheia e nos fins de semana. Graças a ela, sua música ultrapassou as fronteiras do Nordeste brasileiro, iniciando assim, o progresso gerado pela roda de ciranda. Sua própria família instalou o primeiro mercadinho e uma peixaria no local. Outros moradores também começaram a chegar, com outros comércios na região, sem falar que durante a realização das rodas de ciranda, vários ambulantes montavam suas barracas em volta, visando faturar com o sucesso de Dona Duda.
Tradição
A Ciranda, originária na colonização portuguesa, atingiu seu auge nos anos 70, despertando novos talentos no gênero e interpretes reconhecido da Música Popular Brasileira (MPB) que gravaram e a incluíram em seus repertórios. No entanto, Dona Duda, a grande Dama da Ciranda foi a pioneira da difusão dessa cultura nas praias. Uma mistura de batuques com ganzá, caixas e zabumbas, sons de flautas e trompetes. Canto e dança com temática poética simetricamente acompanhando em compasso de balanço e molejo do corpo que imitam as ondas do mar. Velhos, moços, homens, mulheres e crianças cantam os versos de mãos dadas, formando uma grande roda de um ritmo que é o mais democrático da cultura popular.
Apesar de não cantar mais suas cirandas devido a problemas médicos, a cirandeira continua a todo vapor compondo novas canções, sempre renovada, fazendo apresentações nos eventos da cidade e região. Também ministra palestras gratuitas em escolas públicas e privadas, como forma de manter acesa a chama da ciranda nas crianças da região.
Homenageada no carnaval de 2013, pela cidade de Paulista (PE), Dona Duda, receberá da municipalidade, um espaço cultural dentro do Forte de Pau Amarelo para guardar os troféus, medalhas, diplomas, comendas e figurino. A inauguração do Museu da Ciranda será no dia do aniversário da percursora.
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