Olinda Muniz Wanderley é uma jovem indígena da comunidade Pataxó Hã-Hã-Hãe que, corajosamente, vem denunciando as ameaças de integridade física e psicológica às mulheres indígenas do estado da Bahia feitas por grileiros da região. Estudante de jornalismo na capital Salvador, desde criança Olinda acompanha os problemas enfrentados pelo seu povo. Até a criação do Posto Indígena, em 1927, a área era habitada pelos povos Pataxó Hã Hã Hãe, Kamakã, Baenã e Tupinambá, entre outros, como atestam os relatórios do Instituto Histórico e Geográfico da Bahia (IHGB) feitos nas décadas de 1920 e 1930. “Somos vistos na região como ladrões de terras. É essa a imagem que os fazendeiros passam de meu povo, nos dizem ladrões, para eles nossas mulheres são simples ‘mulheres fáceis’”, conta a jovem em entrevista ao blog Blogueiras Feministas.
Desde os tempos coloniais, o estupro de mulheres indígenas ocorre no país. No entanto, o que assusta é que atualmente, num Estado democrático, essa prática ainda seja tão comum. Os conflitos na região, que fica localizada entre as cidades de Pau Brasil, Camacan e Itaju do Colônia, já duram cerca de 30 anos e as mulheres são constantemente ameaçadas pelos grileiros e seus pistoleiros. “Para os homens, eles gritam que irão ‘comer’ as suas mães – dos indígenas. São ameaças utilizando palavras rudes e obscenas, que por si só já caracterizam violação à lei”, afirma.
Parte das mulheres que vivem na comunidade foi retirada de lá, a fim de que não sejam agredidas, violentadas ou mortas nos conflitos. Olinda considera que “emboscadas são comuns nesses momentos e se morre muito facilmente. Nas cidades próximas não há segurança alguma para nós indígenas”. A principal reivindicação dos povos indígenas que estão nas áreas de conflito é a troca do efetivo da Polícia Federal que atua no local. “Encontraram uma indígena responsável por uma das áreas ocupadas e a pressionaram bastante – certamente sua condição de mulher frente a tantos homens a deixou vulnerável e sujeita a aceitar as imposições, inclusive assinar um documento que ela não pode ler e desconhecia o conteúdo”, denuncia.
As mulheres indígenas são tão ativas quanto os homens. Elas articulam, participam de todo o processo de tomada de decisões. Muitas são mulheres líderes, caciques. A maioria delas tem como preocupação manter todos os membros da comunidade alimentados e conservar a ordem social, mas existem mulheres que estão na linha de defesa com os homens. Para Olinda, a luta pela terra é digna e merece ser tratada de forma cuidadosa. “Nós não aceitamos continuar a ser desrespeitados desta forma e queremos que esta situação toda se resolva, sem violência contra ninguém, nem contra nós indígenas nem contra qualquer outra pessoa.”
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