Alberto Jorge Souza, ginecologista e obstetra, entende que durante a gestação, a mulher opta pelo tipo de parto que trará seu filho ao mundo, mas muitas delas não são conscientes desta escolha. O fazem por medo, pressão e até por ignorarem os benefícios do trabalho de parto no nascimento da criança. É aí que o parto humanizado surge, como uma alternativa para as mães. “Ele proporciona um nascimento com a menor necessidade possível de intervenções médicas ou farmacológicas, dando ao recém nascido uma experiência acolhedora neste período de transição”.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, enquanto em 2009 o país alcançava uma proporção de 50% de partos cesáreos, já 2010, o Brasil registrou mais cesarianas do que partos normais. A taxa subiu para 52%. Na rede privada, o índice de partos cesáreos é ainda maior, chegando a 82%, e na rede pública, 37%. “O que muita gente desconhece são as vantagens que um parto normal pode trazer ao bebê e a mãe”, enfatiza o médico.
Para ele, o parto mais perigoso é o “cesáreo eletivo”, ou seja, aquele em que a mãe agenda o dia do nascimento e o bebê nasce sem trabalho de parto, o que pode causar problemas de saúde na criança, principalmente respiratório. “O parto natural sempre foi visto como dolorido e sofrível, no entanto, se relevadas a experiência corporal intensa, é possível encará-la com prazer e alegria”. Lembra de que é possível vivenciar este momento pelas vias naturais, permitindo que o corpo trabalhe de forma que a natureza o programou.
Explica o obstetra que a ocitocina – o hormônio que estimula as contrações do útero durante o parto e está presente na lactação -, é também responsável pelo ato sexual e é um dos grandes responsáveis pela sensação de emoção que a mãe sente ao pensar no seu bebê. Esse hormônio também auxilia na maturação pulmonar, grande conjunto químico de hormônios que produzem o leite.
O médico afirma que as contrações preparam o corpo para uma série de transformações que não culminam apenas com o nascimento. Muitos hormônios liberados pela mãe e bebê durante o parto estão presentes na primeira hora posterior ao nascimento, quando a mãe e filho se reconhecem, formando uma sinestesia perfeita, cada qual embebido em fluidos naturais que excitam sua capacidade de amar. O “hormônio do amor” é também absorvido pelo bebê através da amamentação.
| A Importância da doula
A palavra doula vem do grego, significa a mulher que serve. Na aplicação moderna representa aquela que presta apoio à parturiente durante o pré-parto, nascimento e pós-parto.
O projeto pioneiro no Brasil começou em 1997 e existe em diversas redes públicas de modo a priorizar as parturientes desacompanhadas, de modo a deixar mais segura nesse momento tão importante em sua vida.
Para Gabriela Patriota, como doula e formada em musicoterapia, essa atividade desperta o empoderamento da mulher, demonstra a importância de ser mãe ao dar vida a um ser humano. Informa que essa atividade é destinada a apoiar a mulher desde a gestação ao pósparto, cuja assistência se estende ao companheiro que muitas vezes não sabe lidar com esse momento. O trabalho na humanização do parto fornece informações sobre as técnicas do parto na água, o tipo indígena, com seus diversos métodos para alívio da dor e de eventual tensão. É desenvolvido com o fim de que a mulher possa vivenciar esse período com o máximo de entendimento possível, conhecendo seu potencial em dar à luz de maneira plena e satisfatória.
Com conhecimentos sobre obstetrícia, perinatalidade, psicologia da gestação e outros, a doula está em constante pesquisa e atualização, difundindo conhecimentos fundamentados em evidências comprovadamente eficazes. Ela oferece informações importantes sobre cada etapa do processo de gestação, e ao mesmo tempo, oferece medidas de conforto físico.
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