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A masturbação

A masturbação é um ato normal para qualquer sexo. É, geralmente, acompanhada de fantasias entre casais e, apesar dos tabus que a cercam, é também um ato realizado por mulheres adultas que querem proporcionar prazer ao corpo, sem a necessidade de um companheiro. Antigamente, era considerada um ato prejudicial. No entanto, atualmente, especialistas afirmam que a masturbação é benéfica, pois ajuda a mulher a conhecer seu próprio corpo e possibilita que ela saiba do que gosta, além de dividir o prazer com o parceiro.

Entre as mulheres, a masturbação é um ato difícil de ser praticado, ou melhor, de ser confessado. Culturalmente, a associação sexual, para as mulheres, é de virgindade, da dona de casa que deve fazer sexo somente após o casamento. Desde pequena, a mulher ouve frases como “fecha as pernas, esconde a calcinha.” Essa educação pode ser negativa. Outro fator que influencia na confissão de que se masturba é o mito de que o homem tem mais necessidades sexuais. Na realidade, o que se deve saber é que a masturbação está presente em nossas vidas desde cedo. Segundo Freud, ela surge ainda na infância, entre três e seis anos de idade, quando a criança está se descobrindo.
De acordo com o ginecologista e terapeuta sexual Amaury Mendes Junior, é na barriga que se inicia a manipulação dos órgãos sexuais. “Dá para ver nas ultrassonografias”, diz. Na adolescência, a prática surge devido à necessidade orgânica, pelo prazer corporal e pelas sensações. Já na fase adulta, a masturbação pode ser uma prática sexual com ou sem parceiro e uma maneira de aliviar as tensões. Na terceira idade, a prática é ainda mais complexa. Além do preconceito, as mulheres mais velhas precisam lidar com a questão da educação sexual que tiveram na adolescência.

Muitos mitos também causam constrangimento à mulher em relação à masturbação. Ainda existem pessoas que afirmam que a prática durante a adolescência causa espinhas, que faz mal à saúde e vicia. Nada disso, segundo os especialistas, é verdade. Sobre o excesso, uma explicação plausível para esse mito é que, quando o jovem passa muito tempo se masturbando, pode deixar de realizar outras atividades importantes. Em relação ao vício, o ato pode se tornar uma compulsão, devido ao prazer que proporciona. Mas não vicia. É importante também ressaltar que masturbação não gasta. O número de orgasmos não é reduzido pela masturbação, pois eles são ilimitados.

O importante é ter consciência de que a masturbação não causa nenhum mal à saúde. Ao contrário, libera serotonina (hormônio responsável pela sensação de bem-estar), queima calorias, diminui cólicas menstruais, treina os músculos do assoalho pélvico e causa prazer (pois proporciona conhecimento acerca das sensações do próprio corpo). Ultimamente, inclusive, é usada como “receita médica” por ginecologistas, psicólogos e sexólogos com o objetivo de facilitar o alcance do orgasmo. Como diria Woody Allen, “masturbar-se é fazer sexo com a pessoa que você mais ama.”

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Sabor Mineiro

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55 respostas a “A masturbação”

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