Meninas que não sabem o que as esperam na vida adulta e muito menos conhecem os detalhes de seus corpos. Mas, muito cedo são apresentadas a práticas que as marcam por toda a vida. Vítimas de tradições culturais antigas, crianças e mulheres são submetidas a rituais em que parte ou completamente dos genitais são mutiladas com instrumentos de corte inapropriados – faca, caco de vidro ou navalha – não esterilizados e raramente com anestesia.
Mais comum em países da África e da Ásia, a Mutilação Genital Feminina (MGF) está presente em várias partes do mundo devido ao processo migratório. A amputação do clitóris das mulheres faz com que elas percam a sensibilidade nessa área de modo a não sentirem prazer no ato sexual. A tradição mantida pelos mais velhos seria a garantia, segundo eles, da virgindade da mulher, da fidelidade e fertilidade, além de se traduzir como um eficaz método de controle sobre a sexualidade feminina por parte do homem.
Os organismos internacionais que trabalham no combate a essa prática calculam que mais de 140 milhões de mulheres, dessas 100 milhões seriam africanas, tiveram os órgãos sexuais decepados de forma violenta. Os dados apontam ainda que mais de seis mil meninas, a cada dia, são submetidas aos “rituais de passagem”, como atribuem os praticantes desse ato.
Apesar de ser proibida no Egito há cinco anos, a MGF ainda deixa vítimas no país. Na terra dos deuses e deusas, a crença de que os genitais femininos externos são “impuros” permanece viva. Reza a tradição que a menina que não for circuncisa é chamada de nigsa, ou seja, suja. Já na Somália, uma mulher não infibulada é considerada possuidora de costumes fáceis e, corre o risco de ser expulsa da aldeia ou do bairro onde reside.
| Riscos
Como os procedimentos são realizados sem nenhuma higiene e por pessoas despreparadas, a mutilação gera uma série de complicações tanto para a saúde como para a sobrevivência das jovens e das mulheres. São comuns as hemorragias, infecções e, futuramente, as relações sexuais extremamente doloridas e os graves problemas no momento do parto. Algumas também morrem após o ritual bastante doloroso. Além das consequências físicas, existe o dano psicológico das mulheres que ficam excluídas de uma normal e equilibrada vida sexual.
| Combate
A questão da MGF chegou a outros países e tem gerado debates e discussões por vários organismos, movimentos e entidades. Já há ações implementadas por Organizações Não Governamentais em países onde a prática ainda é bastante difundida. Nesse contexto, pela primeira vez a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou no final de 2012 uma resolução que condena a mutilação genital feminina e pede aos países-membros que tomem medidas educativas e de punição para freá-la.
O texto pressiona os integrantes das Nações Unidas a criar medidas, incluindo leis que proíbam expressamente essa prática, a fim de proteger mulheres e meninas desses atos violentos. O documento também solicita que as autoridades, os serviços médicos e os líderes religiosos e comunitários redobrem seus esforços para aumentar a conscientização e combater as atitudes que ainda defendem a extração do clitóris feminino.
| Orgasmo – Um direito negado
As mulheres que passam por processo de mutilação genital não têm o direito ao orgasmo. Os procedimentos cirúrgicos a que são submetidas têm o objetivo de fazer com que elas não sintam prazer durante a relação sexual, a fim de que o ato seja restrito à reprodução.
Há poucos anos, a expressão de desejo sexual por parte da mulher era tida como doença e seu consequente orgasmo ganhava classificação de distúrbio patológico e pedia tratamentos clínicos. Com a revolução sexual, na década de 60, o pensamento tornou-se inverso. Desde então, o orgasmo passou a ser um direito a ser reivindicado, cuja ausência merece ser estudada como sintoma de disfunção sexual.
O fato é que as mulheres que conseguem chegar ao auge sexual têm melhorias significativas na qualidade de vida, como, por exemplo, um bom sono. Por conta da liberação de hormônios, a circulação sanguínea, que também ocorre mais facilmente, evita cólicas. Além disso, deixa a pele mais saudável e reduz o estresse.
A especialista em sexologia, Dra. Iracema Teixeira, explica que “a descoberta do sexo como fonte de prazer implica ampliar a vivência erótica do contato corporal; permite saber que a pele é o principal órgão sexual extragenital”. Segundo seus estudos, quando se explora o desempenho erótico, aproxima-se automaticamente de uma fonte inesgotável de zonas erógenas.
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