Elsimar Coutinho, médico ginecologista, dedica-se há mais de cinco décadas ao estudo em defesa do fim da menstruação. Professor de saúde materno-infantil da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e presidente do Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (CEPARH) em Salvador, é autor do livro Menstruação, a sangria inútil, que veio a ser lançado nos Estados Unidos, com o título Is menstruation obsolete? (A menstruação é obsoleta?). A discussão levantada pelo brasileiro já tomou proporções mundiais. Recentemente, a renomada revista britânica New Cientist dedicou quatro páginas para discutir as declarações de Coutinho.
Segundo o médico, interromper o ciclo menstrual é algo comum e sem riscos de contra- indicações. Ele alega que a sociedade está presa a conceitos ultrapassados que não têm mais sentido a essa altura do desenvolvimento humano. O médico afirma que associar a feminilidade, fertilidade e juventude à presença da menstruação é um erro que precisa ser consertado. Conforme Coutinho, diversas artistas e atletas há muito seguem os seus métodos.
Para o ginecologista, a menstruação é nada menos que uma falência reprodutiva, um aborto ovular mensal que espolia a mulher de nutrientes, anticorpos e provoca doenças como anemia e todo o desconforto da TPM. Suspender a menstruação é também uma forma de evitar gravidez indesejada e diminuir chances de câncer de mama, ovário e endométrio, em que se incluem os riscos de infecção e endometriose.
Cristiane Ramos, secretária, concorda que o fim da menstruarão seria um alívio. “Eu compartilho do mesmo pensamento pois acho desconfortável. Tenho problemas enormes de estresse que duram antes, durante e dias depois da menstruação. Sinto irritação, muita dor de cabeça e palpitação. Meu sistema nervoso fica abaladíssimo, fico desidratada também. Para mim seria perfeito”. Já a médica Rayana Ravanelle acredita que essa decisão requer bastante cautela. “Eu não seria tão generalista sobre esse assunto. É preciso individualizar os pacientes, analisar a história de cada um porque o anticoncepcional tem suas indicações e contraindicações”.
| O que é a menstruação?
A menstruação é uma hemorragia uterina provocada pela expulsão do revestimento interno do útero, o endométrio, pela ação contrátil da musculatura uterina sempre que uma ovulação não resulta em gravidez. O fenômeno é reconhecido pelo caráter hemorrágico que dura cerca de cinco dias e se repete de maneira periódica a intervalos de 28 dias, enquanto houver insucesso reprodutivo após cada ovulação bem sucedida.
O conteúdo uterino que é expulso durante a menstruação consiste numa mistura de sangue, coágulos, restos de endométrio, produtos de decomposição dos tecidos e de secreções variadas, inclusive muco cervical.
O sangue menstrual não coagula porque na verdade já coagulou antes de ser expulso do corpo pela atividade contrátil do útero. Uma parte do sangue gerado na cavidade uterina (30 a 50 milímetros) é expelida para a vagina. Outra parte é expelida pelas trompas para a cavidade abdominal, onde ocupa espaços existentes entre os órgãos. Cerca de 50 a 100 milímetros de sangue são derramados na cavidade uterina em cada menstruação.
| Tensão pré-menstrual
Nos dias que antecedem à menstruação ocorrem alterações no corpo e na mente que anunciam a chegada da hemorragia menstrual. O conjunto de alterações e sintomas é denominado Tensão Pré-Menstrual (TPM) tendo em vista a predominância dos sintomas associados à tensão nervosa. Cerca de 30 a 50 por cento da população feminina sente sintomas como: depressão, aumento do apetite, introspecção, diminuição da eficiência no trabalho, ansiedade e irritabilidade, nervosismo, insegurança, insônia, confusão mental, esquecimento, ingestão exagerada de alimentos ou de bebidas alcoólicas, dores na cabeça, abdômen, costas e juntas.
| A menstruação na História
Na Mesopotâmia, aproximadamente há 3.000 anos a.C., a menstruação não era muito comum porque as mulheres desde cedo, mesmo antes de sua primeira menstruação, começavam a vida sexual. A menstruação ficava por conta das mulheres que ovulavam, mas que não conseguiam ser fecundadas, portanto passavam a ser rejeitadas pelos companheiros e, consequentemente, tornavam-se prostitutas.
Somente a partir da civilização grega, as bases da medicina foram estabelecidas pelos preceitos de Hipócrates, pai da medicina moderna, que valorizou os efeitos do sangramento menstrual como fonte benéfica para a saúde da mulher. No Império Romano, a situação mudou pouco. Os médicos romanos tinham dúvidas a respeito da menstruação; porém Plínio, conhecido como “Plínio, o Velho” – o mais respeitado homem das ciências do império – atribuía ao sangue menstrual o caráter venenoso e considerava a menstruação um fenômeno purificador para a mulher, mas perigoso para aquelas que entrassem em contato com ela. Essa visão negativa transformou-se num verdadeiro tabu, visto que muitas culturas excluíam a mulher durante o período menstrual por julgá-las impuras.
A situação ficou ainda mais rigorosa com a ascensão do Cristianismo e, mais tarde, o início da Idade Média. Com a Renascença e a retomada das iniciativas da ciência, foi possível conhecer melhor a anatomia e a fisiologia da mulher por meio de estudos que permitiram afastar concepções absurdas e fantasiosas sobre o útero e circulação do sangue. Somente no fim do século XIX e, sobretudo no século XX, com a descoberta dos hormônios, tornou-se possível compreender o que é exatamente a menstruação.
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