Saúde

A partir de 2014, 253.500 meninas de 10 e 11 anos de idade serão beneficiadas com a vacina gratuita contra o papiloma vírus (HPV) no Rio de Janeiro. A decisão foi anunciada pelo Ministério da Saúde e a vacina implantada no Sistema Único de Saúde (SUS) graças a uma parceria para o desenvolvimento produtivo (PDP), com transferência de tecnologia entre o laboratório internacional Merck Sharp & Dohme (MSD) e o Instituto Butantan, que passará a fabricar o produto no Brasil. “A medida confirma o esforço do governo brasileiro em aliar inovação tecnológica às necessidades sociais. Estamos produzindo uma vacina, desenvolvendo tecnologia e gerando economia aos cofres públicos”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do ministério, Carlos Gadelha. Lançada no Brasil em 2007, a vacina é oferecida de graça apenas no Distrito Federal.

A vacina que estará disponível na rede pública é a quadrivalente, utilizada na prevenção de quatro tipos de HPV, dos quais dois são responsáveis por 70% dos casos de câncer. No entanto, vale ressaltar que a vacina tem eficácia comprovada em meninas que não iniciaram a vida sexual e, portanto, ainda não tiveram contato com o vírus. A escolha do público-alvo levou em consideração evidências científicas, estudos sobre o comportamento sexual e a avaliação de especialistas que atuam no Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) vinculado ao Ministério da Saúde.

| Prevenção

O Ministério da Saúde orienta que as mulheres dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos. Em 2012, foram 11 milhões de exames no SUS, o que representou investimento de R$ 72,6 milhões. Do total, 78% foram na faixa etária prioritária. No Rio de Janeiro, foram realizados 597 mil de exames no mesmo período ao custo total de R$ 3,9 milhões.